8.9.08

Daqui a 10 anos...

Quando acabei a faculdade e andava desesperada à procura de um emprego acabei por fazer uma formação que tinha uma vertente comportamental bastante importante. Nestas sessões um dos exercicios que nos mandavam fazer era imaginar o que gostariamos de estar a fazer daqui a 10 anos, este exercicio sempre teve uma grande dificuldade é que sempre me imaginei a ser Mãe... esse sempre foi o meu sonho! Mas hoje sei que esse sonho não se pode restringir a ser Mãe, para ser Mãe tenho que ser capaz de trabalhar e ganhar algum para que os meus filhos possam vir a ter uma educação como deve ser.
Assim sendo estou em fase de reflexão. Depois de ter a minha primeira filha e de me aperceber que não posso deixar de trabalhar, mas que também não posso ficar eternamente neste meu trabalho que se está a tornar bastante deprimentem, chegou a altura de tomar uma decisão....
Mas eu não quero tomar uma decisão qualquer... desta vez eu quero fazer o exercicio, quero saber onde me imagino daqui a 10 anos, quero fazer as coisas com pés e cabeça e dar o passo certo...
Estamos por isso em época de reflexão! e simultaneamente em época de observação...
Afinal a pergunta que se impõe continua a ser "Onde estarei EU daqui a 10 anos?"

21.8.08

Ser Responsável Hoje

O tema surge novamente durante estes jogos Olimpico reflexo dos maus resultados dos Portugueses. O Papa disse-o ainda durante as Jornadas da Juventude. Não querendo parecer uma vidente tenho-o vindo a dizer desde há alguns anos: o grande problema da sociedade e dos jovens de hoje é a ausência do sentido da Responsabilidade e comprometimento.
Não me retiro deste grupo "os jovens", porque tenho uns miseros 26 anos acabados de fazer, mas também não penso que todas as pessoas se possam ser caracterizadas por aquilo que eu vou dizer, mas a verdade é q cada vez mais sinto que é um problema global.
Passo a explicar, qd era mais nova, tinha os meus 18 anos fui co-responsável de uma organização de jovens e senti que as pessoas cada vez mais não são capazes de se comprometer, as pessoas até podem dizer q fazem ou que vão aparecer, mas na hora qtas vezes ouvi: esqueci-me, sabes tenho muito que estudar, ah o meu amigo convidou-me para fazer isto... e nós q tinhamos 20 inscrições acabavamos por ser 10.... O que mais me assustava é qd eram as proprias pessoas que tinham organizado as coisas que acabavam por não aparecer à ultima da hora.
Poderia ser um problema da idade, poderia pensar-se... mas hoje é igual ou pior... outro dia falava c uma amiga q estava a organizar a despedida de uma amiga dela e dizia-me: eu não consigo organizar nada, qd as ideias surgem toda a gente diz a e tal que acha muito bem, marquei tudo e agora a 2 dias as pessoas estão a dizer que não vão... e voltamos ao mesmo! As pessoas esquecem-se daquilo com que se comprometem :(
E isto é só uma coisa que chateia e nos moi enquanto pessoas responsáveis... o problema é que não é só neste tipo de coisas que as pessoas têm dificuldade em se comprometer... O problema é q a dificuldade de compromisso e de responsabilidade é cada vez maior e o mesmo se reflecte no dia a dia e nos compromissos pessoais. Acho q a dificuldade que as pessoas têm em se casar resulta da necessidade que têm de não assumir compromissos, as pessoas parece que sentem necessidade de liberdade, mas uma liberdade de cada um sem mais ninguém, parece q as pessoas vivem isoladas. As pessoas não se comprometem com ninguém, nem mesmo com os amigos e isso faz-me uma certa confusão.
Não é assim que quero educar a minha filha... Mas não quero que ela sofra algumas desilusões que o comprometimento e o sentido de responsabilidade nos trazem... Será que vou ser capaz?

28.7.08

Uma segunda Mãe

A minha filha tem um ano! A minha filha tem a sorte de ter uma segunda Mãe!
Não estou a falar das avós, nem das tias, nem mesmo da madrinha. A segunda Mãe da minha filha é a Patricia!
Tive a sorte de ter uma sobrinha 6 dias antes de ser Mãe. Esta situação levou a que eu e a minha irmã tivessemos optado por manter as duas em casa e contratar alguém que ficasse com elas! Não foi fácil encontrar alguém, queriamos uma educadora de infancia recem licenciada que estivesse desempregada e disposta a receber um bocadinho menos que se trabalhasse no publico.
Entrevistamos algumas raparigas, entre elas a Patricia. Primeiro achamos que ela tvz fosse demasiado calma para "puxar" por elas como nós queriamos, mas como era de todas a que nos pareceu melhor resolvemos arriscar. Hoje damos graças a Deus! É tão bom ter a Patricia!
A Patricia é uma educadora fantástica que ensina tudo às nossas filhas! A Patricia gosta das nossas filhas como se fosse Mãe, a Patricia é capaz de ralhar às nossas bébés nos momentos certos mas também as enche de mimos como nós fariamos se podessemos estar em casa com elas! A Patricia tem ainda uma outra caracteristica fantastica que por vezes nós esquecemos de valorizar: a Patricia deixa que nos pensemos que somos as primeiras a ver a sua evolução! Eu digo que a minha filha deu os primeiros passos no dia 8 de junho qd estava comigo e com o Pai, mas será que foi? Para mim terá sempre sido mesmo que ela tenha dado essa alegria à Patricia dias antes... eu nunca saberei, mas ela sabe! Eu agradeço à Patricia esta sensibilidade!
Outro dia num jantar em que estavam pais de vários meninos da mesma idade da minha filha tudo estava admirado pela independencia e destreza dela. Realmente a minha filha é despachada, cai e levanta-se vai buscar tudo o que quer e mexe-se que é uma beleza! Na altura não quis deixar de fazer um elogio à Patricia, e hoje quero voltar a faze-lo! Eu confio na Patricia a 100%!
Hoje a minha filha estava meia cabisbaixa qd saiu de casa, eu penso que ela estava subfebril e tendo que vir trabalhar lá foi ela ter com a Patricia. Passou a manha e a Patricia não disse nada... é sinal que ela está bem! A Patricia tlf sempre que é necessário, e eu confio nela! É tão bom poder deixar a minha filha e ficar descansada :)
Por tudo isto e por muito mais eu não quero deixar de publicamente fazer um elogio à "nossa" Patricia! Espero que a Patricia possa ficar o máximo de tempo com as nossas princesas, mas também espero que ela tenha sorte e que um dia possa trabalhar naquilo para que estudou! Mas nessa altura eu sei q vou sofrer, eu sei que vou ficar muito triste :( eu vou ficar triste se os meus proximos filhos não poderem ter a Patricia! Será que algum dia eu vou confiar em alguém como confio na Patricia!
Por tudo isto só posso dizer Obrigada Patricia!

24.7.08

"Ser Mãe e o trabalho são duas coisas incompativeis"

Foi com esta frase que fui recebida apos a minha licença de maternidade!
Uma vez que estavamos em plena avaliação do ano anterior e que eu tinha trabalhado 7 meses dos 12 do ano, insisti para que a minha avaliação fosse feita.
"Antes de ir de licença só temos elogios a fazer ao seu trabalho, mas agora é Mãe e tem que pensar o que quer fazer"
Desde então não são raras as vezes em que sou pressionada, em que o meu trabalko é criticado em publico e comigo à frente, e o bom trabalho é ignorado e tratado com despreso! Poderia pensar que o problema é do meu trabalho, mas como fomos 3 a ter filhos no mesmo ano e o tratamento foi igual... acho q podemos considerar que o problema é mesmo ao mais alto nível.

E é nestas alturas que eu penso que realmente neste país não se promove a natalidade!
Não, não acho que as licenças mais longas fossem contribuam para que nasçam mais crianças, mas tvz s fossem dados alguns beneficios às empresas poderia ser que as recém-Mães não se sentissem tão desprezáveis qd regressam ao trabalho! Se nós Mães nos sentissemos melhor por estarmos a contribuir de outra maneira para a competitividade nacional, tvz mais gente estivesse disposta a abdicar de algumas coisas para investir na familia, na criança. Tvz ai conseguissemos ter um país onde não só nasciam mais crianças mas também haveria uma estrutura familiar que as faria mais felizes!
Já várias vezes em conversas sobre esta temática propus que o estado como apoia a inserção de recem licenciados no meracdo de trabalho, tornando as empresas isentas de pagamento para a segurança social caso estabeleçam um contrato sem termo, então que tal replicar a situação para Mães com crianças com menos de 2 anos sendo que as mesmas poderiam ter um horário reduzido sem prejuizo no seu vencimento! Era assim tão dificil?
Se alguém conhecer alguém que possa aproveitar esta ideia... pode ser q um dia seja publicada a lei :)

22.7.08

Este é o primeiro segredo...

É o segredo de alguém que nunca teve um blogue
É o segredo de alguém que nunca teve um diário
É o meu blog!